quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Afazeres domésticos: minha mãe realmente é uma santa

Uma coisa simples pode ter seu valor percebido no momento de sua falta. Pois bem: minha mãe viajou e estamos, há uma semana, só eu, minha irmã e meu pai em casa. É muito, mas muito complicado ter que lidar com os deveres da casa. As plantas não morrem tão cedo por falta de água, mas cachorros fazem barulhos e deixam visível quando estão com fome ou sede (as vezes visíveis até demais, dando um “desconto” perante o “alto coeficiente de burrice” da minha cadela, que come tênis, potes, madeiras, plantas e tudo que não a dê choque). Levando em conta os múltiplos afazeres da vida doméstica, existe também a tão temida, onipotente e feroz máquina de lavar. Pois bem: ontem ela molhou todo o chão da lavanderia; hoje ela molhou todo o chão e duas paredes da lavanderia. Após muitas instantâneas guerras perdidas, consegui ligá-la. Vi-me em quixotescas batalhas de Cervantes, onde seriam guerreiros as maquinas de lavar e eu um engenhoso fidalgo. Após isso, tive uma evolução significativa na relação Vinícius - Microondas. Antes, o aparelho que recebia um espaço privilegiado na cozinha pela sua incomparável utilização e eficiência na arte de esquentar leite em múltiplas manhãs de cafés corridos e pães engolidos (obviamente, atrasados), recebe uma nova utilização no “requentamento” de comidas (almoços e jantas, mais precisamente). Juntamente com uma tampa plástica especifica, podem esquentar refeições sem maiores sujeiras e perda de água dos alimentos. Sim, o homem evoluiu, eu também estou evoluindo. O demais acredito que seja só isto: algumas jantas a base de pizza, uma amizade com o cara da tele-entrega de ala-minuta, refrigerantes na geladeira, pouca louça suja (por conta do aumento de comidas prontas e requentadas) e um tempo maior para a louça lavada ser seca e guardada (por conta também da pouca necessidade de pegar louças novas devido ao aumento de comidas prontas e requentadas).