quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nada de muito bom (computadores)

Voltam as aulas e voltam, também, as “correrias”. Infelizmente, não tenho tido sucesso na competência de manter o blog e a faculdade ao mesmo tempo. Escrevo este texto somente por dar um “tempo” aos estudos da faculdade.

Falando nisto, estou batalhando em uma cadeira de programação de computador na área da física. Nada muito difícil, porém longe de ser trivial. Classifico as pessoas e o auxilio de suas maquinas em 3: as que realmente sabem mexer em seu pc, programam, compram processadores e tudo mais; as que futricam em “fóruns” na internet para saber o que deve configurar em seu computador; e (as que me enquadro) aquelas que pagam para ter a devida assistência nesta caixa preta (fazendo com que gire a economia local, desenvolvendo sua cidade e tudo mais… Viu, como sou um cara bom?).

São muitos códigos, linguagem C e afins… Além do mais, ainda existe o tempo de adaptação ao Sr. Seu Linux, que não é muito fácil. Como sei que não sou o único neste dilema, faço minhas as palavras do sábio Bukowisk:

“A pior noite foi quando sentei no computador e ele ficou completamente maluco, mandando bombas, sons estranhos e altos, momentos de escuridão, treva mortal, tentei, tentei e não conseguir fazer nada. Daí, reparei no que parecia ser um liquido que tinha endurecido sobre a tela e ao redor da cobertura perto do “cérebro”, a abertura onde se colocam os disquetes. Um dos meus gatos tinha mijado no computador. O mecânico tinha saído e quando um vendedor retirou uma parte do “cérebro”um liquido amarelo espirrou sobre a sua camisa e ele gritou “mijo de gato!”. Coitado, coitado. De qualquer forma, deixei o computador. A garantia não cobria nenhum tipo de dano por mijo de gatos. Tiveram que tirar, praticamente, todas as entranhas do “cérebro”. Levaram oito dias para consertá-lo. Durante este período, voltei a minha maquina de escrever. Era como tentar quebrar pedra nas mãos. Tive que aprender a datilografar de novo. Tinha que ficar bêbado para conseguir que as palavras fluíssem. E, mais uma vez, era uma noite para escrever e outra para arrumar. Mas ainda bem que a máquina estava lá. Ficamos juntos por mais de cinco décadas e tivemos ótimos momentos. Quando peguei o computador de volta, foi com certa tristeza que recoloquei a velha maquina no seu canto. Mas voltei ao computador e as palavras voaram como pássaros enlouquecidos. E não houve mais nenhuma luz azul e as palavras que desapareciam. Estava ainda melhor. O gato ter mijado no computador arrumou tudo. Só que agora, quando saio do computador, cubro-o com uma grande toalha de praia e fecho a porta.

Sim, este tem sido meu ano mais produtivo. O vinho fica melhor se for envelhecido adequadamente.”

Novamente, peço-lhes desculpas pelas múltiplas demoras nas atualizações e postagem do tal blog, juntamente com as desculpas dos múltiplos erros de português já cometidos e que ainda irei cometer (desculpas também Srta. Luft, Sr. Aurélio Buarque e todas as pessoas de prestigio e amadores que valorizam e ordenam esta tão preciosa língua…).



(Texto citado retirado do livro "O capitão saiu para o almoço e os marujos tomaram conta do navio", de Charles Bukowisk)