segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

São (somos?) os melhores e viva o RS!

Ao contrário do que se acredita, não existe bairrismo no Rio Grande do Sul. Os gaúchos não se acham os melhores, eles são os melhores (só uma questão de imparcialidade e esclarecimento a todos: sou uma paulista que mora e gosta das terras sulistas).

Ontem (NT: neste caso, o “ontem” foi escrito em um dia da semana passada) o dia amanheceu chuvoso, nublado e com uma temperatura agradável. Umas das coisas impressionantes do dia foi o fato da máxima temperatura registrada ter sido durante a madrugada, o que nos demonstra o quão termicamente insuportável foi a semana. Domingo e segunda-feira foram dias muito quentes. Terça-feira bateu um recorde de calor de não sei quantos anos (mas algo nada desprezível). Quarta-feira bateu o recorde estabelecido na terça-feira. E na quinta-feira, após ter batido e recorde de calor estabelecido na quarta-feira, choveu de tal forma que bateu recorde de chuvas de São Paulo (que, neste começo de janeiro, bateu recordes históricos). E no fim da semana, já voltara o calor. E o pior de tudo é saber que o “São Pedro” responsável pelas temperaturas do RS também tem seu “espírito separatista” e já prometeu um inverno para dar inveja aos argentinos (afinal, pior que paulista, só argentino).

Ainda analisando algumas coisas da superioridade gaúcha sabemos que, em alguns cursos, a UFRGS perde somente pela UFCSPA no Brasil todo. Ninguém acreditaria que o Grêmio venceria a “Batalha dos Aflitos” com um pênalti contra marcado aos 60 minutos do segundo tempo. Ninguém acreditaria que o Internacional venceria o São Paulo e o Barcelona (de 2006) em 2006. Ninguém vestiria um Papai Noel de azul e muito menos mudaria as cores da bandeira petista por questões futebolísticas.

Mas realmente, este estado (quando não chamado de Pátria) é muito confortável. Não me lembro as palavras citadas mas, certa vez, escutei um comentário do Paulo Santana (pessoa que, na minha opinião, é uma/a imagem do legitimo gaúcho), onde, falando sobre assuntos catastróficos do mundo na época, acabava afirmando que tudo piorará ao saber que o Internacional estava a 4 rodadas em primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de 2009. Isto tudo sem comentar o respeito e o fanatismo pelo “hino da pátria”, cantada com clamor até nos estádios de futebol. (E viva o Rio Grande!)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A "cultura" carnavalesca

Ah o carnaval! Nada como o carnaval para podermos desfazer todos os conceitos morais presentes em nossa sociedade, além de minimizar as leis sociais de boa convivência. Lembro que, ao escutar a musica “Perfeição” da banda Legião Urbana, sempre ficava triste quando citava que iríamos “comemorar como idiotas, a cada fevereiro e feriado”.Faço aniversário em fevereiro e ficava feliz, como toda criança, quando chegava meu aniversário, não entendendo a revolta do Renato Russo perante minha data comemorativa.

Assim já diria Raul Seixas: “depois do carnaval, a carne é alvo mortal, com multa de avançar sinal.” Porque a nossa “mediocricidade” tem seu ápice no carnaval? Parece que, os fatos realizados tão comumente no carnaval são totalmente esquecidos quando se chega na quaresma, mantendo assim uma “alma limpa” (só esperando o carnaval do ano seguinte, e assim sucessivamente). Nesta data, estamos todos propícios a qualquer banalidade e futilidade coma maior naturalidade possível.

Se um dia foi considerado “cultura nacional”, ela se manteve somente com as guitarras baianas e os blocos de ruas. De tudo isto, resta somente um pouco desta naturalidade e sensação de festa. Hoje em dia existem inúmeros grupos populares onde existe a batalha para não perder este real espírito carnavalesco. Aprendi a fazer festas em casa com amigos o ano todo, sem precisar esperar chegar fevereiro, muito menos sendo fútil ou vulgar.

Certa vez conversando com amigos, expressei minha insatisfação perante o carnaval. Disse que realmente (de uma forma muito racionalista, banal e generalizado) não me importava em participar de uma massa juvenil de uns trinta por cento da população nesta faixa etária que não gosta de carnaval e prefere pensar a ficar dançando músicas sem notas musicais, sem afinação e que repetem 458 vezes a mesma frase. Mesmo assim, acreditando ou não no “patrimônio cultural nacional”, prefiro ficar no carnaval (como fiz nos inúmeros fins-de-semana durante o ano) com meus amigos comemorando o aniversário do Seu Gaspar, a vida, as risadas e (desta vez) o meu aniversário também.