Ah o carnaval! Nada como o carnaval para podermos desfazer todos os conceitos morais presentes em nossa sociedade, além de minimizar as leis sociais de boa convivência. Lembro que, ao escutar a musica “Perfeição” da banda Legião Urbana, sempre ficava triste quando citava que iríamos “comemorar como idiotas, a cada fevereiro e feriado”.Faço aniversário em fevereiro e ficava feliz, como toda criança, quando chegava meu aniversário, não entendendo a revolta do Renato Russo perante minha data comemorativa.
Assim já diria Raul Seixas: “depois do carnaval, a carne é alvo mortal, com multa de avançar sinal.” Porque a nossa “mediocricidade” tem seu ápice no carnaval? Parece que, os fatos realizados tão comumente no carnaval são totalmente esquecidos quando se chega na quaresma, mantendo assim uma “alma limpa” (só esperando o carnaval do ano seguinte, e assim sucessivamente). Nesta data, estamos todos propícios a qualquer banalidade e futilidade coma maior naturalidade possível.
Se um dia foi considerado “cultura nacional”, ela se manteve somente com as guitarras baianas e os blocos de ruas. De tudo isto, resta somente um pouco desta naturalidade e sensação de festa. Hoje em dia existem inúmeros grupos populares onde existe a batalha para não perder este real espírito carnavalesco. Aprendi a fazer festas em casa com amigos o ano todo, sem precisar esperar chegar fevereiro, muito menos sendo fútil ou vulgar.
Certa vez conversando com amigos, expressei minha insatisfação perante o carnaval. Disse que realmente (de uma forma muito racionalista, banal e generalizado) não me importava em participar de uma massa juvenil de uns trinta por cento da população nesta faixa etária que não gosta de carnaval e prefere pensar a ficar dançando músicas sem notas musicais, sem afinação e que repetem 458 vezes a mesma frase. Mesmo assim, acreditando ou não no “patrimônio cultural nacional”, prefiro ficar no carnaval (como fiz nos inúmeros fins-de-semana durante o ano) com meus amigos comemorando o aniversário do Seu Gaspar, a vida, as risadas e (desta vez) o meu aniversário também.
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