quarta-feira, 30 de junho de 2010

As musicas e minha vida - dia 27/06

Mais um final de dia solito a reinar, sentado na frente do computador e tendo a conversa de uma pessoa achando que é intelectual. Dia, este, que já havia me preparado mentalmente para poder beber um bom vinho Cancarone, jogar vinte e um e cantar “Oh Austrália”. Apesar de ter sido um dia bom, não consegui ter minha alegre e comunitária noite a volta de um vinho.

Está meio estranha a noite. Voltando para casa, a neblina era tão forte que em alguns pontos não se enxergava muito além de 20 metros. Ainda que o ar quente do carro não dê conta na ação de desembaraçar o vidro, podemos agradecer pela solidão ao som de Dinartes: “posso até dizer pra ela, as cores já não são mais tão belas, a porta esta sempre aberta...”. Realmente, poucas coisas se comparam ao clima e ao nível que pode atingir o pensamento quando, sozinhos, escutamos e cantamos um bom e (nem tão) velho rock.

Digamos que aprendi diversas coisas com a música. Aprendi diversas coisas com meus amigos. A televisão tentou me ensinar diversas coisas, mas nada deu muito certo. Com a televisão, aprendemos quão vulgar e fútil podem tratar o amor. Acontece. Muitos não conhecem ele e não sabem utilizá-los, fato semelhante ao que acontece no som de diversos carros de pessoas que não consegue guardar somente para ele o excesso de baboseiras contidas em uma faixa de CD. Tá, antes de me chamem de antiquado, podem ser bits (já que CDs estão - tal como foi o vinil - saindo de moda). Mas voltando ao assunto, aprendi com a música que as pequenas coisas fazem a diferença. Amigos me mostraram que quando se erra (ou não) ou não se quer fazer algo, ai que temos que fazer o que deixamos para trás. Sim mãe, te dou bromélias porque foi a única flor que escutei em letras de músicas. Meus amigos posso firmemente dizer que amo-os. Vocês mesmo que roubam plaquinhas de pizzaria, que ganham as plaquinhas de pizzarias, que almoçam sentados no chão, que falam o tempo todo de anatomia, que só falam de Raconteurs e que gostam, igualmente, de beber vinho.

Apesar de toda a bagunça do parágrafo anterior, acho que consegui ser levemente claro na dissertação. Queria mesmo ver televisão, mas, infelizmente, não tem absolutamente nada de bom para assistir. É muito bom podermos assistir um DVD do Los Hermanos quando não se passa nada de útil na TV, mas, poxa vida: depois da 12ª vez que assistimos, apesar de ótimas composições, as dancinhas do Amarante começam a ficar ridículas e irritantes.

domingo, 27 de junho de 2010

Conflitos existenciais e verdades infalíveis

Estive, levemente, aumentando meu núcleo de amizades de amigos ateus. Não sei o porquê me impressiono com isso, mas gosto de certa forma. Acredito que é um erro dizer que os ateus são mais inteligentes e por isso são ateus (ou vice e versa). Antes de qualquer coisa, não quero aqui discutir sobre crenças religiosas ou coisa do tipo, quero somente fazer o que costumo e tento fazer: (dominar o mundo e) expressar minha forma de ver o mundo.

Não podemos agregar níveis de inteligência para nenhum dos dois tipos de teísmos. Conheço alguns ateus que “abraçaram a causa” depois de tempos de estudo e algumas convicções cientificas. Depois, conheço cristãos (são os deístas que mais convivo) extremamente inteligentes e estudiosos que abraçaram a causa pelo mesmo motivo citado anteriormente (estudos e falta de “convicções cientificas”). Da mesma forma que existem os cristãos que vão pela inércia (e este tem de monte), existem pessoas que se dizem ateus somente por não gostar do “sermão do padre” e se acharem (pseudo) intelectuais demais, acreditando que o cristianismo (ou a crença em um Deus) é menosprezar a sua tão capaz inteligência. Mas um fato que realmente deteriora os cristãos são os não praticante (ou inerciais), que frequentam esporadicamente uma missa, não estudam e acreditam em Deus porque aprenderam com seus pais.

É tudo estranho, tudo um conflito existencial. Podemos interpretar a física e a astronomia tanto cientificamente quanto divinamente, basta querer (e ambas versos muito convincentes). Grandes artista renascentistas fizeram obras para seres divinos pelo dinheiro que a igreja se dispunha na época (ou pelo amor ao um ente divino?). Ate hoje, Einstein não pode ser firmado como ateu ou divino (ao menos, Richard Dawkins não me foi convincente).

Mas de tudo restam algumas certezas: a mente deve ser aberta, a verdade libertara (seja ela para qual lado “puxar”), os agnósticos são seres desprezíveis (nojentos e sacripantas), a sabedoria é tudo e a maior invenção da humanidade é a morcilha.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Amizades - para não passar em "branco"

Nada como algumas horas de conversa a fio sem nenhum assunto básico. Temos amigos e isso é tudo. Queira um dia ser ou se enquadrar em um ciclo de vivencias tal como foi (e se enquadrou) Bukowisk no final de sua vida, restringindo sua vivencia a poucas pessoas, dos quais chama de amigos.

Foi um dia bom. Fazia um tempo (não muito na verdade) que não fazia isto. Conversas vai e conversas vem, descobrimos que amadurecemos, perdemos a vergonha do outro e cultivamos uma boa amizade. Nada como falar sem o receio do ridículo, vulgar ou sem segundas intenções. Fazemos breves analises de passados não muitos remotos e podemos dar risadas da vida, dos fúteis erros que cometemos nela e de como isso foi bom para podermos dar boas risadas (e boas esculachadas alheias).

Alem disso, aparece algo que realmente não acreditaria quando era mais novo. Coisa de piá mesmo, mas que “não existira uma amizade entre homem e mulher”. Muitas pessoas (acredito eu) ainda tem este pensamento. Posso dizer hoje que tenho amigas, gurias em que confio minha vida e que posso realmente falar tudo. De certa forma, gurias que, tirando a morfologia feminina, o receio de dar um tampa na bunda (muitas vezes dá vontade, rsrsrs) e o fato de algumas não beberem cerveja (algumas até bebem), são iguais as amizades “do SENAI”.

São coisas simples que realmente fazem a diferença na vida da pessoa. Ha tempos atrás estive em uma cena um tanto que diferente. Muito simples, mas foi realmente bom. Após um convite para um almoço, encontrei uma amiga e fomos ao encontro de outra amiga nossa. Para o nosso “almoço”, compramos um cachorro quente para cada (todos pagos por uma delas) e comemos sentado na escada de um prédio da Independência (para quem não conhece, uma rua de Porto Alegre nada propicia a um “picnic”). Aquele tipo de programa que jamais levaria gurias para fazer (ainda mais que estava um dia ensolarado, não tínhamos sombra e uma “tia” estava lavando a escadaria do prédio), mas que fizemos e demonstrou a confiança recíproca nossa (ao meu ver ao menos). Após isto, ficamos mais umas 4 horas conversando neste mesmo dia.

Mas enfim: escrevo este nada inspirado texto porque uma destas brigou dizendo que não escrevi nada de novo ultimamente. Então, sugiro-lhes um texto para releitura (“Ciclos da vida e as conspirações algébricas” - ou coisa do tipo o nome - postado em dezembro ou novembro de 2009) e faço esta breve homenagem a estas amizades. Um brinde (tim tim!).

Já dizia Gabriel García Marquez: De um lado estão meus amigos; Do outro, o restante do mundo, com o qual o meu contato é pouco."

PS: Por sinal, uma delas sempre ganha algumas garrafas de cerveja em festas, pois é “meiga”e simpática, o suficiente para ninguém recusar uns copos (palavras dela...).