quarta-feira, 9 de junho de 2010

Amizades - para não passar em "branco"

Nada como algumas horas de conversa a fio sem nenhum assunto básico. Temos amigos e isso é tudo. Queira um dia ser ou se enquadrar em um ciclo de vivencias tal como foi (e se enquadrou) Bukowisk no final de sua vida, restringindo sua vivencia a poucas pessoas, dos quais chama de amigos.

Foi um dia bom. Fazia um tempo (não muito na verdade) que não fazia isto. Conversas vai e conversas vem, descobrimos que amadurecemos, perdemos a vergonha do outro e cultivamos uma boa amizade. Nada como falar sem o receio do ridículo, vulgar ou sem segundas intenções. Fazemos breves analises de passados não muitos remotos e podemos dar risadas da vida, dos fúteis erros que cometemos nela e de como isso foi bom para podermos dar boas risadas (e boas esculachadas alheias).

Alem disso, aparece algo que realmente não acreditaria quando era mais novo. Coisa de piá mesmo, mas que “não existira uma amizade entre homem e mulher”. Muitas pessoas (acredito eu) ainda tem este pensamento. Posso dizer hoje que tenho amigas, gurias em que confio minha vida e que posso realmente falar tudo. De certa forma, gurias que, tirando a morfologia feminina, o receio de dar um tampa na bunda (muitas vezes dá vontade, rsrsrs) e o fato de algumas não beberem cerveja (algumas até bebem), são iguais as amizades “do SENAI”.

São coisas simples que realmente fazem a diferença na vida da pessoa. Ha tempos atrás estive em uma cena um tanto que diferente. Muito simples, mas foi realmente bom. Após um convite para um almoço, encontrei uma amiga e fomos ao encontro de outra amiga nossa. Para o nosso “almoço”, compramos um cachorro quente para cada (todos pagos por uma delas) e comemos sentado na escada de um prédio da Independência (para quem não conhece, uma rua de Porto Alegre nada propicia a um “picnic”). Aquele tipo de programa que jamais levaria gurias para fazer (ainda mais que estava um dia ensolarado, não tínhamos sombra e uma “tia” estava lavando a escadaria do prédio), mas que fizemos e demonstrou a confiança recíproca nossa (ao meu ver ao menos). Após isto, ficamos mais umas 4 horas conversando neste mesmo dia.

Mas enfim: escrevo este nada inspirado texto porque uma destas brigou dizendo que não escrevi nada de novo ultimamente. Então, sugiro-lhes um texto para releitura (“Ciclos da vida e as conspirações algébricas” - ou coisa do tipo o nome - postado em dezembro ou novembro de 2009) e faço esta breve homenagem a estas amizades. Um brinde (tim tim!).

Já dizia Gabriel García Marquez: De um lado estão meus amigos; Do outro, o restante do mundo, com o qual o meu contato é pouco."

PS: Por sinal, uma delas sempre ganha algumas garrafas de cerveja em festas, pois é “meiga”e simpática, o suficiente para ninguém recusar uns copos (palavras dela...).

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