terça-feira, 31 de agosto de 2010
"O fim das 'igrejas inventadas' se aproxima!" - Diz o pequeno pastor...
Com voces, o pequeno pastor:
* Com todo respeito, devemos pensar duas vezes antes de comprar um lugar no ceu. Olha quantas pessoas ja morreram, quantas mereceram os lugares no ceu e quantas ja compraram latifundios inteiros na epoca da inquisao. Devemos nao aceitar a conversa de qualquer um, ler todo o contrato e perguntar se aceitam o dinheiro de volta caso ja exista um inquilino no terreno.
Os fIlhos, a música e o rock
É, com o tempo envelhecemos. Isso não é ruim. Isto nos deixa mais maduros e próximos das pessoas que cremos que iremos ver durante um bom tempo de nossa vida. Observamos que nos últimos três anos não mudamos os núcleos de vivência, os amigos, os lugares para onde saímos e nem mesmo a camisa de flanela. Mudamos os assuntos. Falávamos em montar uma banda de rock, ter uma guitarra bacana e poder um dia dirigir um carro na “Free-way” ouvindo Raul Seixas. Hoje já dirigimos frequentemente trabalhando, ouvindo engarrafamentos a fora um bom e velho rock, possuímos nossas guitarras (no meu caso, tal instrumento não foi tão apaixonante como esperado...) e até planejamos o futuro de nossas vidas.
Numa dessas conversas, me vi falando com um grande amigo sobre filhos. Foi aí que bateu o estalo do amadurecimento. Nada fora de hora. Nada antecipado. E sim algo que não fica tão longe dos nossos planos de vida. Lembro da abertura do show no DVD do AC/DC, onde aparece um pai com uma criança na cacunda no show. A criança esta “equipada” com protetores auriculares e devidamente vestida com a tiarinha de chifre. E o melhor: aos seus seis ou oito anos, ela canta (ou ao menos tenta) “Stiff Uper Lip”. Um dia teremos filhos e eles serão educados com fundos musicais do bom e velho rock. Talvez, por questões egocêntricas e de desenvolvimento continuo, será sempre bom mostrar para ele quem foi e o que fez Sebastian Bach (vai que o guri se empolgue e se puxe). Tirando isso, nada como o bom e velho rock para educar. Sou filho da geração que escutava no rock brasiliense a sua voz. Meu pai deu meu primeiro cd do Raul e minha mãe falou, em outro momento, “isso é Mutantes meu filho” (após eu mostrar uma musica que escutei e havia gostado). O rock foi bom e bom ele será.
Da vida nos resta somente sonhar. Não saberemos como serão nossas vidas. Fazemos projetos, sonhamos um pouco, relacionamos bandas e músicas todos os dias, meses, períodos... Espero que, quando nascer, ainda exista a musica sem calcas coloridas no mundo e sem bundas de fora para o guri poder conhecer e gostar.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Vou me redimir
Prometo: irei me redimir!
Abrass a todos e (no máximo) em uma semana tem mais...
Vinícius Ferreira.
A leitura e as filas de espera
Tenho os livros como principal argumento do que fazer nos momentos ociosos diários da vida urbana, tais como filas de banco, paradas de ônibus, trajetos de trem e esperas para o atendimento no dentista. Algumas vezes a leitura é profundamente atrapalhada por uma conversa constante por perto, mas o que mais desagrada (entre as interrupções literárias) é o fundo musical da espera no dentista.
No dentista que freqüento o hit era Latino. Nada muito agradável. Permaneceu neutro quando começaram a colocar Rick Martin. “Lascou” mesmo quando compraram o DVD do Sampa Crew. Sem muito respeito com quem goste deste “conjunto musical” (música aquilo?), começa errando a banda quando escolheu o nome. A partir daí foram inúmeros erros. O erro final e culminante foi ter gravado um DVD e ter chegado isso nas mãos das gurias (recepcionistas) que trocam o fundo musical. Acontece, nem tudo é perfeito.
Mas, deixando a breve critica de lado e mostrando que conseguimos observar as coisas boas nos inúmeros erros, digo que hoje, finalizando o meu tratamento de canal, estava passando na televisão da sala de espera um programa de viagens de alguma televisão fechada (fechada entende-se não aberta, por assinatura ou coisa do tipo). Bastante bom. Deixei de lado, com um certo receio, a leitura e coloquei-me a ver o tal programa. Vai saber: é uma decisão muito difícil e perigosa para seu conhecimento deixar de ler um livro e ir assistir televisão. Mas foi de bom proveito. Belo programa falando de viagens, mostrando alguns observatórios astronômicos do Havaí e o maior telescópio do mundo. Ciente que geralmente sou muito preconceituoso com o que se passa na televisão e vira moda, continuei a ver o tal canal. Começou a passar um programa mostrando jovens inteligentes (vulgo nerd’s) e algumas mulheres bonitas que podem ser equiparadas com as loiras das múltiplas piadas de mal gosto sobre a inteligência da mesma. Me impressionei quando ela respondeu que não sabia quem era Che Guevara. Foi o fim da picada: como ela não conhece um dos (se não o) maiores líderes revolucionários da América latina, estampado em diversos lugares, símbolos da luta contra o capitalismo, referencia na resistência ao Tio Sam e o maior vendedor de camisas já conhecido? Esqueci o programa que ficou cada vez mais deprimente e voltei a ler meu bom e (nem tão) velho livro.
Agora resta saber o que estará passando semana que vem na ultima consulta minha do dentista (tenho medo que piore, já que é a ultima... O que poderia ser pior? Wando? Enesita Barroso? É, não consegui achar comparativos piores...).