domingo, 10 de janeiro de 2010

Leituras e os famosos "best-sellers"

Apesar de gostar muito de livros, tenho certo receio em discutir sobre tal assunto com amigos. São alguns os motivos básicos: não sou o melhor nem o maior leitor do mundo (só leio livros regularmente, mas não consigo “devorá-los”), não conheço e nem leio os grandes nomes da literatura (tanto nacional como internacional) e não consigo disfarçar o preconceito que tenho a certos títulos e autores.

No quesito de melhor e maior leitor do mundo, peco no fato de não conseguir devorar livros. O único livro que li em um dia foi “Alice no país do espelho” (e, por sinal, acabei o dia levemente drogado com tanta “psicodelia” existente no mesmo, contudo, recomendável e prazerosa leitura) e, após este, só conseguir ser eficaz com uma edição “pocket” do Sr. Bukowisk, levevando três dias (e acabei de mal com o mundo e bêbado). Ainda assim, ambas as leituras altamente recomendáveis.

Após isso, meu grande erro (ou talvez não) se apresenta pelo fato de não conhecer nem ler grandes nomes da literatura e do conhecimento nacional e mundial. Nunca li Érico Veríssimo, não conheço a obra de Nietzsche e nunca me surpreendi perante folhas de Sherlock Holmes (apesar de ter tentado, frustrantemente, ler Stephen Hawking e também não entender). A minha vida literária se afunila perante a satirização de tudo e todos do Sr. Veríssimo (o filho), o brilhantismo do seu Richard Dawkins, a apreciação literária do tio Eco (o Umberto) e as viagens do primo Ítalo Calvino. Estou em fase de degustação de Cervantes (que, durará, mais uns meses) e metas de chegar a Dante Alighieri (que, por questões de real importância, foi classificado como “o ápice da inteligência humana” pelo primo Calvino).

E, dos meus motivos de muitos tratamentos com psicólogas de janelas de conversa de “MSN” e afins, existe o meu sério preconceito com “best-sellers” de vitrines das livrarias. Aquele tipo de livro que se encontrará em qualquer livraria, supermercado ou até mesmo em uma banca de revista. Nada de mais, o importante mesmo é a leitura (afinal: “ler também é um exercício”), mas seria de tão bom proveito se aprendêssemos algo com tal ação. Existem escritores muito bons para tal distração, todavia, não conseguem te passar o mínimo de conhecimento. Tenho esta concepção perante livros: me distrair (já que meu celular não toca música) e aprender algo com os mesmo (aquelas coisas de conseguir aumentar o “intelectualismo”).

Perante todas estas redundâncias, observamos que existem coisas boas sim no mundo dos “Best-sellers”. Consegui ouvir de gurias (que jamais acharia que escutaria) que precisavam ir a livraria comprar o novo livro da série “Crepúsculo” (ao menos é um livro...), voltei a ganhar livros no meu aniversário (e li todos, apesar de “best-sellers”) e ficou mais acessível a população ( vendo que até a Bruna Surfistinha já escreveu um livro... Ouvi dizer que será convidada para ocupar a cadeira na Academia Brasileira de Letras, ao lado do “ilustríssimo” Sr. Paulo Coelho).

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