sábado, 5 de dezembro de 2009

O ciclo da vida e as conspirações "algébricas"

Com um pouco de experiência (ou a sua falta ao extremo), podemos concluir que a vida acontece em ciclos. Muitos deles acontecem somente uma vez na via, outros, várias vezes. Vi um neném hoje na rua e pude reparar quão impressionante é esta forma de vida: ficou praticamente o tempo todo dormindo e, de tempo em tempo, olhava para cima comprovando que quem o sustentava era realmente sua mãe (ao menos, pelo olhar parecia ser isso que fazia).

Pois bem: ha um tempo atrás voltei (ciclos freqüentes e muito prazerosos) a ouvir uma banda que gosto muito. Na letra falava que “até quem me ver, lendo jornal, na fila do pão, sabe que eu te encontrei...”. Sempre ouvira esta musica, mas não reparava a sua essência. Nós fazemos o mundo em que vivemos e, naquela semana, estava tudo mais colorido. Não estava bêbado nem drogado, apenas feliz por umas séries de acontecimentos muito bons que giravam naquela semana. Passando a mesma, voltei a ficar com um mundo relativamente acinzentado, sem vida e mofado. Depois de mais algumas semanas, aprendemos as sinceridades das pessoas e os bons, velhos e grandes amigos que podemos ter. Voltei a ficar “felicíssimo” (é assim que se escreve Magda?) com o meu mundo, contando com amigos sinceros, que não tem receio de avacalhar (e esculachar sua roupa), mandar cuidar as pernas de sua amiga ou mesmo dialogar um vocabulário chulo.

Um fato bacana que aconteceu por estes tempos foi que conheci pessoas estudando álgebra no trem e no ônibus. Observando a resolução de uma lista de exercícios e, ficando com duvida em uma certa questão, parei o dedo encima da mesma enquanto pensava. Vendo tal cena, o rapaz do meu lado me afirmou que estava certo o problema. Disse que era economista e se dava freqüentemente com problemas de matrizes, autovalores e normalizações vetoriais. A conversa se prolongou mais umas duas estações e foi só. Saindo do trem e entrando no ônibus, ainda com a lista na mão, me sentei e dei uma ultima olhada antes de passar mal (a grande questão da leitura dentro do ônibus). Estava com o fone de ouvido e mesmo assim pude reparar que a guria ao meu lado olhara a folha de exercícios na minha mão e fez um comentário, uma espécie de “meu Deus!”. Tirei os fones do ouvido e dei um oi (com intuito de conhecê-la e, quem sabe, até levantar minha moral com as gurias explicando fatoração QR de uma matriz A, quem sabe...), ela fez um gesto negativo com o rosto e se prostrou para frente novamente. Acontece, não são todas que se agradam com fatoração QR.

Todavia, o meu mundo está ficando mais colorido do que nunca. A sinceridade e a vontade própria (sem ter medo do que os outros irão pensar) estão me dominando e, ao menos, o D43 e a fila do RU, de vez em quando, fica mais bonita que o normal. Quarta feira foi o ápice, no mesmo dia o D43 ficou muito belo, a fila do almoço igualmente e teve bife! A única coisa que poderia ter melhorado no tal dia, era o acréscimo de batata assada no cardápio, um travesseiro na classe da sala de aula após o almoço e a companhia desta pessoa, a qual tenho quase plena certeza que não ira ler tal texto (apesar de que, tenho minhas dúvidas se mais de cinco pessoas lêem este blog. Da Joana, Mari e Vini já tenho conhecimento... Valeu pelo apoio gurizada!), pelo restante do dia.

A “moral” da vida é conseguirmos fazer um ciclo bom ter o período da vida toda, assim não se acabará. E assim volto a escutar a mesma banda que gosto muito, juntamente com algumas bandas mais novas que foram influenciadas pela mesma... Já sabendo que gosta de cachorros e de musica (e das boas), ainda resta saber se a tal guria gosta de fatoração QR.


Obs: desculpe os erros ortográficos, é que o Windows do computador não está atualizado com as novas regras ortográficas da ABL, e também tenho até 2012 para me atualizar de tal quesito.

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