quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Que tenhas um próspero 5 minutos

Algumas vezes creio estar deslocado no mundo, outras tenho certeza do tal deslocamento. Com o tempo, aprende-se a dar valorizar coisas de “real valor” e não somente a imposições da sociedade (digo isso com uma visão pessoal).

Até hoje não consegui convencer minha mãe que passo a virada do ano novo com a roupa que gosto e não com a roupa nova do armário (e quase sempre tenho que me contentar em gostar de uma roupa nova para o bom andamento da família do reveillon). Concordo plenamente que não sei me vestir bem, nem me importo muito com as combinações e o que as pessoas irão achar (ao menos tento viver com este intuito) e reparei que começaram a respeitar esta idéia. Certa vez, me arrumando para ir a uma confraternização de final de ano, minha mãe, olhando para mim, comentou que as pessoas geralmente se arrumam para sair e eu, do contrário, me desarrumo quando vou sair. Gostei da citação e isso me deixou com uma boa auto-estima: realmente estava vestido como de costume. Mas não somos os únicos a não nos arrumarem (existem mais do que eu, e pessoas que gosto muito me acompanham em tal costume), sempre existirão aquelas pessoas que não tem a noção do ridículo (e isso sim é não saber se vestir).

Na virada do ano quero passar com pessoas que verei o restante do ano e que estarão comigo durante todo este período (ao menos, quero isso). Não me convém cumprimentar pessoas que conheci há 5 minutos e desejar-lhes um ano cheio de coisas boas (afirmando que ele merecem pelo seu caráter). Acredito que se os conheci há 5 minutos, somente posso desejar-lhes prósperos 5 minutos seguintes (assim, sucessivamente, conseguindo um dia desejar um próspero ano novo). A respeito da minha roupa, quero olhar para ela e agradecer os 365 dias juntos (seja no corpo ou no armário) e uns bons 365 dias novamente de muitas risadas, aprendizado, festas, amigos, suor e diversão (seja, novamente, no corpo ou no armário).

Então, desde já, desejo aos leitores e apreciadores deste blog o que tenho dignidade para desejar-lhes: um ano novo de muitas leituras, muitas diversões, muitas risadas e textos bons (desejando a mim mesmo inspiração e experiências na vida).

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mudanças, arranhões e um novo lar

Voltando a questões dos ciclos já citados a alguns textos atrás, existem as migrações ou, em outras palavras, um certo dia marcado para todos ajudarem na mudança de uma pessoa.

Pois bem, ajudando na mudança da minha irmã, conseguimos reparar em coisas que não fogem da regra. Sábado, nove da manhã, o caminhão da mudança encostará para carregarmos. Nem tão cordado, mas de café tomado, começamos a carregar os móveis para o meio de locomoção onde levaremos as coisas (no caso, um caminhãozinho e algumas coisas no carro).

Geralmente uns quinze minutos após o começo das atividades, têm registro do primeiro acidente de trabalho: o egocentrismo mútuo quer carregar as coisas sem ajudas posteriores, daí aparecem as noticias de arranhões e dedos “esmagados”. Mas tudo encaminhado: agora é só descarregar no apartamento e fazer as múltiplas viagens pegando algumas coisas esquecidas na casa (e os mantimentos de primeira necessidade, tais como água, bolacha, cerveja, gelo e sal para a carne do churrasco).

Após descarregar tudo, começa a montagem de cama, armários e afins. Neste caso, já havia sido montada no dia anterior a mudança, mas sempre estabelecendo o segundo estágio da mudança que é a realização de um saldo positivo na coleção de parafusos e porcas da casa. É impressionante, mas sempre sobra o parafuso bastardo que não quis ficar com seus irmãos nas madeiras dos móveis.

Depois de montado, começa a fase desandar as coisas com a tão esperada inauguração do sofá e da cama (que muitas vezes, mantêm-se inaugurados por umas 2 horas ininterruptas do mais pesado sono). Com homens correndo atrás da carne para fazer o churrasco na (nova) churrasqueira e mulheres guardando as roupas e os múltiplos potes que existem dentro de uma cozinha, temos o terceiro estágio de uma mudança: começa a existir coisas demais dentro da casa e os móveis, roupas e eletrodomésticos são colocados (novamente) para fora da casa (conseguindo assim, uma melhor organização em longo prazo e uma respiração e apreciação dos rodapés do apartamento, que até então, só se tinha conseguido enxergar o chão quando estava vazio).

A partir deste estágio tudo ficaria encaminhado se, obviamente, algumas das mulheres não insistirem que o sofá ficou trocado de posição ou o armário ficou no lado errado do quarto (exigindo, assim, uma manobra arriscada de armário/cama, com um pequeno espaço de locomoção entre ambos, sendo, muitas vezes, refletido tal aperto em lâmpadas, rebocos e mais acidentes de trabalho).

Finalizamos a (tal) mudança com a limpeza do violão e sua respectiva colocação no suporte do quarto ao lado do armário, e (com um banho bem tomado e uma organização na sujeira da casa que foram tirados alguns dos moveis da tal mudança) só restará a visita alguns dias após para, realmente, poder apreciar o lar novo e um café no final da tarde.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Amigos, cerveja e leite

Sim, eu também fiz amigos bebendo leite! Uma vez vi uma “comunidade” num site de relacionamento muito famoso, que falava q nunca fizera amigos bebendo leite. Realmente, com um pouco de amadurecimento na vida, conhecemos amigos e muito bons por sinal. Amigos que se reúnem simplesmente para celebrar a vida, o aniversário do Seu Gaspar (ver a musica “O dia da saudade”, do ilustríssimo Raul Seixas. Nela, ela relata o aniversário do Seu Gaspar como um acontecimento rotineiro onde, em algum lugar do mundo, deve estar ocorrendo uma festa de aniversário, e por isso beberemos para comemorar tal aniversário, que também não deixa de ser uma celebração da vida...), jogar conversa fora ou simplesmente acabar uma caixa de cerveja que está na casa de algum amigo.

Existem os casos também em que se prova a amizade: final de mês, a maioria dos amigos sem um “mísero pila”, e acontece a reunião para beber refri, cerveja e/ou água. Neste momento que realmente vale apena a vida. Adquirimos amigos sinceros, sem vergonha de falar na cara ou coisa do tipo. Amigos que brincam com sua namorada, conversam com sua mãe, vive em uma comunidade verdadeira (se é que se pode acreditar que existe uma comunidade... Mas se existisse, seria parecido com isto).

Depois disso, temos nossos amigos antigos. Pessoas que cresceram junto conosco, que realmente criamos afinidades tomando “Toddy & Nesquick”, virando noites em claro a base de “Top Gear” no super (e quando comprou um “64”, o máximo era jogar “Beatle Batalha”) e correndo atrás das guriazinhas da terceira série (quando tínhamos 7 anos, obviamente). Estes amigos, por mais que cresçam e comecem a andar em lugares diferentes e escutar músicas diferentes das de costume, sempre existirá um bom café para botar conversa fora e dar umas boas risadas com um amadurecimento recíproco perante a vida.

E por ultimo, temos aqueles que são nossos amigos incondicionais. Algumas pessoas podem discordar de mim, mas, mesmo achando que é uma imensa infantilidade das mesmas, respeito a opinião alheia. Nossos pais e irmãos sim, com eles fomos criados a base de leite com “Nescau”, pão com manteiga e mingau de baunilha. Por mais que existam desavenças por manias recíprocas, ainda resta todo o amor e prazer que obtemos quando conversamos sobre as brincadeiras dos pais quando criança, nossas diversões na infância e algumas horas de musicas repetitivas que se prolongam por toda a estrada até chegar a praia. Algo incomparável e só proporcionável quando tivermos nossa família (e você estiver dirigindo o carro, se preocupando com hotel, fraudas, paradas e gasolina).

Temos amigos e isso é o que importa. Não importa se comendo bolacha, enchendo a cara, conversando sobre livros, indo a exposições de obras de arte, procurando um café na segunda feira em plena Porto Alegre, divulgando seu blog, lendo seu blog (valeu gurizada!!!), praticando o Nadismo ou vivendo a vida...

sábado, 19 de dezembro de 2009

Cansaço, amigos e 4 horas na pizzaria

“De vez em quando” é bom passar acordado 24 horas ininterruptas. Revemos amigos nem tão velhos porém muito bons, damos muitas risadas e, depois da 21 hora acordado, passamos a base de refrigerante e rapadura. Após umas 2 horas (?) esperando na fila de uma pizzaria, mas com muito animo e diversão, nos encontramos entre verdadeiros amigos (e o que mais impressionou na noite foi ouvir a voz da Isadora...).

O mais é isso. Sem muitas novidades para o momento, ficamos com algumas piadinhas de canto de ouvido, mal formuladas (e nem perto de se ter uma resposta recíproca). Ainda resta a dúvida da incerteza (não sei onde ouvi ou li isso, mas achei muito legal e coloquei aqui só para ficar um pouco mais subjetivo e com “palavras bonitas”... Créditos dedicados ao “bass man” do grupo) do futuro não muito distante que nos aguarda. Guardem lugar para mim no time de futebol do domingo: eu não irei ao passeio, mas guardem lugar.

Amanha, irei a um sitio para um passeio... Com quase certeza, por mais que leve o bloqueador solar, irei me queimar absurdamente e o creme pós-sol será (novamente) tão indispensável quanto o protetor. Ainda não consegui o tão desejado chapéu de mexicano (ta aí uma sugestão para o meu aniversário), mas seria de muito proveito a esta altura do campeonato (ou do sol, mais precisamente). Não sei se será um dia bom ou se estarei fazendo a coisa certa, mas e tempo fará sua parte (e até agora não errou).

Fico aqui com a incerteza de mais leitores (valeu pelo apoio Lucas, Willian, Dayse, Néia e toda sua influência) e com a esperança de um dia escrever um livro (plantar uma arvore, ter um filho, essas coisas). Agora, neste momento, saio da blog para entrar nos livros de Cálculo do tio Anton (a prova será depois de amanhã, dia 21/12)!

sábado, 5 de dezembro de 2009

O ciclo da vida e as conspirações "algébricas"

Com um pouco de experiência (ou a sua falta ao extremo), podemos concluir que a vida acontece em ciclos. Muitos deles acontecem somente uma vez na via, outros, várias vezes. Vi um neném hoje na rua e pude reparar quão impressionante é esta forma de vida: ficou praticamente o tempo todo dormindo e, de tempo em tempo, olhava para cima comprovando que quem o sustentava era realmente sua mãe (ao menos, pelo olhar parecia ser isso que fazia).

Pois bem: ha um tempo atrás voltei (ciclos freqüentes e muito prazerosos) a ouvir uma banda que gosto muito. Na letra falava que “até quem me ver, lendo jornal, na fila do pão, sabe que eu te encontrei...”. Sempre ouvira esta musica, mas não reparava a sua essência. Nós fazemos o mundo em que vivemos e, naquela semana, estava tudo mais colorido. Não estava bêbado nem drogado, apenas feliz por umas séries de acontecimentos muito bons que giravam naquela semana. Passando a mesma, voltei a ficar com um mundo relativamente acinzentado, sem vida e mofado. Depois de mais algumas semanas, aprendemos as sinceridades das pessoas e os bons, velhos e grandes amigos que podemos ter. Voltei a ficar “felicíssimo” (é assim que se escreve Magda?) com o meu mundo, contando com amigos sinceros, que não tem receio de avacalhar (e esculachar sua roupa), mandar cuidar as pernas de sua amiga ou mesmo dialogar um vocabulário chulo.

Um fato bacana que aconteceu por estes tempos foi que conheci pessoas estudando álgebra no trem e no ônibus. Observando a resolução de uma lista de exercícios e, ficando com duvida em uma certa questão, parei o dedo encima da mesma enquanto pensava. Vendo tal cena, o rapaz do meu lado me afirmou que estava certo o problema. Disse que era economista e se dava freqüentemente com problemas de matrizes, autovalores e normalizações vetoriais. A conversa se prolongou mais umas duas estações e foi só. Saindo do trem e entrando no ônibus, ainda com a lista na mão, me sentei e dei uma ultima olhada antes de passar mal (a grande questão da leitura dentro do ônibus). Estava com o fone de ouvido e mesmo assim pude reparar que a guria ao meu lado olhara a folha de exercícios na minha mão e fez um comentário, uma espécie de “meu Deus!”. Tirei os fones do ouvido e dei um oi (com intuito de conhecê-la e, quem sabe, até levantar minha moral com as gurias explicando fatoração QR de uma matriz A, quem sabe...), ela fez um gesto negativo com o rosto e se prostrou para frente novamente. Acontece, não são todas que se agradam com fatoração QR.

Todavia, o meu mundo está ficando mais colorido do que nunca. A sinceridade e a vontade própria (sem ter medo do que os outros irão pensar) estão me dominando e, ao menos, o D43 e a fila do RU, de vez em quando, fica mais bonita que o normal. Quarta feira foi o ápice, no mesmo dia o D43 ficou muito belo, a fila do almoço igualmente e teve bife! A única coisa que poderia ter melhorado no tal dia, era o acréscimo de batata assada no cardápio, um travesseiro na classe da sala de aula após o almoço e a companhia desta pessoa, a qual tenho quase plena certeza que não ira ler tal texto (apesar de que, tenho minhas dúvidas se mais de cinco pessoas lêem este blog. Da Joana, Mari e Vini já tenho conhecimento... Valeu pelo apoio gurizada!), pelo restante do dia.

A “moral” da vida é conseguirmos fazer um ciclo bom ter o período da vida toda, assim não se acabará. E assim volto a escutar a mesma banda que gosto muito, juntamente com algumas bandas mais novas que foram influenciadas pela mesma... Já sabendo que gosta de cachorros e de musica (e das boas), ainda resta saber se a tal guria gosta de fatoração QR.


Obs: desculpe os erros ortográficos, é que o Windows do computador não está atualizado com as novas regras ortográficas da ABL, e também tenho até 2012 para me atualizar de tal quesito.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Rotina diária: tenho que estudar menos e viver mais...

O dia fica (digamos assim) um tanto que bonito quando se tem bife acebolado no RU. Não é todo dia que se pode sair do restaurante universitário com o sorriso de uma refeição boa (porém, sempre feliz com o seu incomparável custo-beneficio). Mas enfim. Em uma breve semana estressante, com provas muito delicadas (para não qualificá-la com um adjetivo chulo), saímos do RU e fomos fazer a clássica hora de almoço sentado sob arvores, falando besteiras e dando algumas boas risadas. Pois bem, durante a ida para o banheiro (higiene pessoal e “necessidades humanas”), vimos algo no mínimo estranho: o Antonio de baixo (carinhosamente denominado a principal lancheria dentro do campus universitário) estava fechado. Não se tem noticias sobre tal fato em dia de semana, no período das 8h as 22h. Por “sinal” ele funciona, ao contrário de alguns outros, nas férias também. Acontecimento no mínimo impressionante e estranho. Olhamos para o lado e ainda existiam pessoas caminhando e nenhuma espécie de nave alienígena rondava o céu ou alguma onde gigante era avistada ao horizonte. Ainda sem saber sobre o pressuposto ocorrido, continuamos o dia. Na hora da despedida (cada um dos amigos para uma aula diferente) se foram os seguintes alertas: se ouvires uma sirene, abraça o Anton e corre. Pois se o mundo não acabar por algum atentado terrorista, invasão alienígena, acionamento do LHC ou a transformação do sol em um buraco negro, ainda temos a prova de Calculo II sexta-feira.

Obs: para quem não entendeu, Anton é o nome do principal autor do livro da cadeira de Calculo. Cadeira fundamental para qualquer curso de ciencias exatas ou engenharias.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A maior invençãoda humanidade e possíveis concorrentes

Antes de qualquer coisa, quero fazer menções a um grande amigo meu. Ele foi o responsável por apresentar-me algumas idéias de coisas imperceptíveis que realmente fizeram uma diferença no conhecimento técnico, cientifico e irônico da humanidade. Apresentou-me, também, a frase que cita as três maiores mentiras da humanidade: “O trabalho enriquece o homem; O trabalho enobrece o homem; (e) Vou colocar só a ‘cabecinha’”.

Indo agora para uma visão culta e menos vulgar das filosofias de boteco, escrevo sobre a morcilha. Ontem mesmo, após um breve texto publicado aqui, recebi comentários de duas pessoas muito importantes para mim. Ambas respondendo uma suposição que havia citado e, uma delas, confirmando sobre a maior invenção da humanidade. Essa mesma pessoa que me apresentou um “gênero” de morcilha, do qual não me lembro o nome (nem se sua fabricação era algo tão fantástico como sua “prima de gênero”). Pois bem: já dizia um dos meus melhores filósofos de boteco que a maior invenção da humanidade era a morcilha. Sim, a roda foi algo revolucionário: moveu massas, agilizou transportes e foi base para praticamente todo tipo de possível maquinário descendente. Sim, a faca também foi algo revolucionário: ganhamos tempo, praticidade e conforto com alimentos, vestuário e caça. Sim, o motor a vapor foi muito surpreendente: fizemos transportes com “cavalos invisíveis”, criamos industrias e agilizamos nossas vidas. Sim, a luz elétrica foi algo fenomenal: se não fosse ele, me queimaria muito durante o dia, não escreveria este texto e nem você o leria (ao menos na internet). O controle remoto nem se fala: não precisamos mais levantar do sofá para vermos Malhação, mudamos o volume quando queremos, não precisamos folhear os jornais e podemos aumentar o movimento financeiro social (gastando em comidas prontas e academias para descontar o tempo sedentário na frente da TV).

Mas o mais impressionante de tudo isso ainda é a morcilha. Até o que me foi informado, ela não obedece aos conceitos da Física Newtoniana. Seriam as morcilhas alguma espécie de grupo partículas quânticas visíveis e tocáveis ao olho humano? Seriam as morcilhas um modelo acessível em medidas terráqueas de distorção gravitacional de tempo e espaço e relatividade geral? Seriam elas modelos de objetos (neste caso, alimentos) que não precisam de uma temperatura especificas para se conservarem (e até se reproduzirem)? Seriam “comidas de astronauta” que a NASA deixou vazar do seu escritório de inteligência? Ou até mesmo comida extraterrestre que ficou na humanidade após o acontecimentos da “Área 51”?

O que é este estranho alimento não se sabe. A única coisa, que o faz receber o titulo de maior invenção da humanidade, é o fato de podemos afirmar que, na sua fabricação, as “tripas” são tiradas de dentro do porco e todo o porco colocado dentro das “tripas” (algo “newtonianamente” impossível).

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Confusões mentais e uma breve análise social amorosa

Estava pensando sobre a vida. Fui tomar um café ontem com uma guria que, por mais que não tenhamos muito contato, é uma baita amiga. Hoje estava me lembrando do caminho até o local marcado: muita chuva e algumas gurias caminhando no sentido contrário. Sei lá. No auge de uma fase onde se devem rever pensamentos e níveis de “medíocricidade” na sociedade atual, pensei como seria uma “musa” nos dias de hoje. Pegaremos uma lá da “terrinha”, quem sabe a (em muitos casos) tão temida Iracema.

Teria ela MSN? Talvez sim. Bem provável que sim. Não teremos muitas duvidas do que seria a sua foto: os seus lábios de mel. Posso ser um pouco inocente neste item, mas me remeteria algo um tanto que sensual e até vulgar tal foto em um “nick” de MSN. Talvez não.

Poderia ser ela, mesmo no mundo moderno, uma guria bacana. É, muitas vezes, difícil conseguirmos nos expressar diretamente a pessoas que amamos sinceramente. Algumas gurias acreditam que não existem homens deste tipo, que levariam flores, ligariam nos aniversários e (quando fosse o primeiro a acordar) até arrumaria o café da manhã. Vai saber.

Vivemos numa sociedade onde, muitas vezes o fútil e vulgar (sem nenhum ou quase nenhum real valor sentimental) é tão bem aceito quanto o fato de arroz ser o “par conjugado” do feijão. Posso ter uma visão um tanto que antiga e até ser um “velho chato” (créditos a uma das minhas melhores amigas nesta frase), mas não julgo algo certo isso que boa parte das pessoas fazem. Atualmente, como afirmei a alguns amigos meus, estou sendo um pouco medíocre comigo mesmo (afinal, quem não é?), porém estou rendendo resultados. O mais é isso.

No fim das contas, não falei nada da Iracema. Certamente ela não quebraria uma flecha para simbolizar o laço com seu amo. Porém, lembrei agora de um professor de literatura que tive, o qual afirmava convicto que “o safado” da história não era “o”, e sim “a”. No momento em que a Iracema “moderna” cantaria a famosa musica do saudoso compositor Mc Créu, o seu amo estava dormindo, assim não podendo escolher nada nem fazer nada (se é que ele queria escolher algo. Mundo moderno gurizada, “soco”).

O restante é isso. Ainda não sei usar maquina de lavar, ainda não sei se pessoas lêem estes textos, ainda não sei se pessoas gostam destes textos e ainda não sei se existirá alguma invenção mais impressionante que a morcilha (mas to vivendo e bem feliz).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Afazeres domésticos: minha mãe realmente é uma santa

Uma coisa simples pode ter seu valor percebido no momento de sua falta. Pois bem: minha mãe viajou e estamos, há uma semana, só eu, minha irmã e meu pai em casa. É muito, mas muito complicado ter que lidar com os deveres da casa. As plantas não morrem tão cedo por falta de água, mas cachorros fazem barulhos e deixam visível quando estão com fome ou sede (as vezes visíveis até demais, dando um “desconto” perante o “alto coeficiente de burrice” da minha cadela, que come tênis, potes, madeiras, plantas e tudo que não a dê choque). Levando em conta os múltiplos afazeres da vida doméstica, existe também a tão temida, onipotente e feroz máquina de lavar. Pois bem: ontem ela molhou todo o chão da lavanderia; hoje ela molhou todo o chão e duas paredes da lavanderia. Após muitas instantâneas guerras perdidas, consegui ligá-la. Vi-me em quixotescas batalhas de Cervantes, onde seriam guerreiros as maquinas de lavar e eu um engenhoso fidalgo. Após isso, tive uma evolução significativa na relação Vinícius - Microondas. Antes, o aparelho que recebia um espaço privilegiado na cozinha pela sua incomparável utilização e eficiência na arte de esquentar leite em múltiplas manhãs de cafés corridos e pães engolidos (obviamente, atrasados), recebe uma nova utilização no “requentamento” de comidas (almoços e jantas, mais precisamente). Juntamente com uma tampa plástica especifica, podem esquentar refeições sem maiores sujeiras e perda de água dos alimentos. Sim, o homem evoluiu, eu também estou evoluindo. O demais acredito que seja só isto: algumas jantas a base de pizza, uma amizade com o cara da tele-entrega de ala-minuta, refrigerantes na geladeira, pouca louça suja (por conta do aumento de comidas prontas e requentadas) e um tempo maior para a louça lavada ser seca e guardada (por conta também da pouca necessidade de pegar louças novas devido ao aumento de comidas prontas e requentadas).